Fadiga adrenal não existe!

Recentemente a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia publicou uma nota de esclarecimento sobre o termo  “Fadiga Adrenal”, que tem sido utilizado inadequadamente por alguns profissionais da área de saúde e mesmo pela mídia, para definir uma condição clínica de falência funcional da glândula adrenal (suprarrenal).

Esse termo surgiu em decorrência de a população estar sob situações continuas de estresse (exposição crônica) e isso afetar negativamente nossa glândula adrenal, ou seja, impedindo-a de produzir o hormônio cortisol, que é o hormônio do estresse. 

Em virtude desse impedimento estaria justificada a reposição de doses baixas de glicocorticoides (corticoides) para esses pacientes. Contudo, não existe nenhum fundamento científico para essa reposição, o que contra indica absolutamente a prática de reposição de corticoide nesses casos. 

Falta de energia, desânimo, cansaço, perda de memória, sonolência, desempenho físico insatisfatório, palpitações, dores musculares e articulares são queixas muito comuns hoje em dia e na maioria das vezes se justificam por um estilo de vida intenso. 

Usar corticoide sem adequada justificativa (patologia de base) pode inclusive acarretar em diversas alterações metabólicas, como alterações glicemicas, excesso de peso, aumento da pressão arterial.